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Com quase 65 anos de história e localizada no nordeste da Espanha, a Aresa Shipyard possui atualmente uma série de encomendas para Angola e a República Democrática do Congo. Estas incluem 11 embarcações de pesca de diferentes tipos, atualmente em construção. O estaleiro Aresa, na Catalunha, está a construir duas grandes encomendas de onze embarcações de pesca destinadas a dois países africanos, abrindo caminho para a sua expansão num continente para o qual já construiu vários tipos de navios. Sediado em Arenys de Mar, a nordeste de Barcelona, o estaleiro anunciou dois contratos: um para quatro unidades do seu modelo Aresa 2500 S RWS para Angola e outro para sete embarcações de pesca para a República Democrática do Congo. O modelo 2500 S da Aresa é um projeto comprovado, já fornecido a clientes na Espanha e em vários países africanos. O primeiro contrato, financiado pelo Deutsche Bank, visa a construção e entrega deste modelo, uma evolução do bem-sucedido Aresa 2500 S, já entregue a países como Argélia, Angola e Espanha. O novo Aresa 2500 S RWS foi projetado para a pesca semi-industrial com cerco. Possui 25 metros de comprimento, boca máxima de 6,3 metros e está equipado com um moderno sistema de bombas e porões com tecnologia RSW para garantir a cadeia de frio do mar até o porto, com capacidade de 100 m³. As especificações permitem que seja construído em poliéster reforçado com fibra de vidro (FRP), alumínio naval, aço ou uma combinação destes materiais. A entrega das quatro unidades está prevista para este ano e o próximo. O contrato também inclui um pacote de pós-venda que será implementado no destino final das embarcações, uma estratégia usada pela Aresa para garantir o desempenho e a manutenção dos seus navios. O contrato assinado com a República Democrática do Congo contempla a construção de sete embarcações de pesca de diferentes tamanhos, bem como o desenvolvimento e implementação de um programa abrangente de formação e manutenção. As embarcações irão operar no Lago Alberto, no Lago Tanganica e na costa congolesa do Oceano Atlântico, num projeto considerado pelo governo congolês como um passo significativo para fortalecer a indústria pesqueira local e promover um modelo de desenvolvimento sustentável. Segundo fontes congolesas, serão três barcos de 16 metros para a costa e quatro barcos de 12 metros para águas interiores, representando um “programa abrangente” destinado a “modernizar e revitalizar a economia azul” do país. “Estes projetos permitem-nos avançar no nosso compromisso com o desenvolvimento industrial em África e com a transferência de conhecimento técnico no setor marítimo”, afirmou a direção do estaleiro, liderada por Oriol López. Entretanto, a Aresa Shipyard está a ampliar a sua capacidade de produção. Será construída uma nova nave coberta de 1.300 m² e 14 metros de altura. Com esta nova instalação, o estaleiro passará a ter quase 4.000 m² disponíveis. “Estas melhorias permitem realizar os projetos em condições ideais de humidade e temperatura, resultando em maior qualidade e eficiência”, afirma a empresa. Estas novas instalações juntam-se ao cais renovado inaugurado há três meses, situado em frente à sede de Arenys de Mar. “É uma instalação moderna concebida para responder às crescentes exigências da indústria marítima”, destaca a direção.